30 de junho de 2011

I see you (AVATAR)

Eu te vejo, portanto te amo
Mesmo sendo o principal mandamento (I), as pessoas têm muito receio com a palavra amor, “É muito séria esta frase!”. Afinal, “É impossível se amar aquela pessoa sem escrúpulos e muito menos ele é digno de ser perdoado!”. Mas por que é tão difícil amar? Será que é essa a concepção de amor a que se refere a Palavra? Nesse contexto, será que amar a si mesmo significa: “se eu não me amar, ninguém irá”? Creio que não.

Creio que o amor a que Jesus se refere está lindamente ilustrado em: “I see you” do filme Avatar. O filme aborda o amor de um ser humano e uma Na'vi. Seres de espécies diferentes, com sentimentos e desejos conflitantes, cuja cultura Na’vi, por sua vez, instiga o humano a “ver” o outro.


Deus nos ama à Nos amamos sob Sua perspectiva à Amamos ao próximo como a nós mesmos

Cada indivíduo foi criado com particularidades e “nuances” tão diferentes uns do outros, ao ponto de Jesus despir-se da Sua glória celeste para perdoar e resgatar a qualquer que crer e buscar a Sua vontade.Todo o ranço começa a partir do momento que alguém pára de refletir suas próprias atitudes, e passa a reproduzir algo que lhe pareceu certo no momento, tendo aprendido com o próprio meio, ou reinventado mecanismos ainda mais destrutivos, e a pessoa estagna naquilo. Então quebra-se de uma só vez, toda segunda parte do principal mandamento (I), não “vemos” o outro e deixamos de nos “ver”. Simples assim. Cada mínima ferida não nos deixa “ver” com clareza da forma como fomos desenhados originalmente por Deus e muito menos o outro.


“Ver” o outro, significa ir além da carranca, dos gritos e dos delitos, é conseguir “ver” a criança estagnada ali, que a muito foi encurralada num canto pela vida, e que aprendeu a lidar de forma errada com as situações.  Cuja maior deficiência foi, em algum momento da vida, alguém não tê-la “visto” em sua essência singular. Quando conseguimos entender que nós mesmos nos encontramos encurralados em muitas áreas, os nossos círculos de auto-defesa terminam. A partir daí, ou entramos em profundo desespero por vermos anos de nossas vidas gastos com tantas coisas inúteis ou vivemos a Graça libertadora em Cristo. Então assamos a buscar o conserto e a nos amar realmente, como no plano original de Deus (II e III).

Deus/Jesus nos “viu” primeiro (IV e V). Quando nos conhecemos a partir da Sua perspectiva, passamos a nos “ver” como Ele nos “vê” e naturalmente “vemos” ao próximo através dos Seus olhos. Libertador nisto tudo, é saber que nesta busca não estamos sós (VI); Ele ainda nos mostra que nos ama muito mais exatamente quando menos nos reconhecemos dignos deste amor(VII).


Lê-se “ver” como “amar”.

(I)" ‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’". Lucas 10:27
(II) “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” Gálatas 2:20
(III) “Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” Romanos 12:1
(IV) “Nós amamos porque ele nos amou primeiro.” 1 João 4:19
(V) “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos.” João 15:1
(VI) “Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.” João 6:37
(VII) “os muitos pecados dela lhe foram perdoados, pelo que ela amou muito. Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama". Lucas 7:47
"Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado". Lucas 18:14

Lucas 18:14